domingo, 31 de julho de 2011

O homem é quase sempre o obreiro da sua própria infelicidade

"Já nesta vida somos punidos pelas infrações, que cometemos, das leis que regem a existência corpórea, sofrendo os males conseqüentes dessas mesmas infrações e dos nossos próprios excessos. Se, gradativamente, remontarmos à origem do que chamamos as nossas desgraças terrenas, veremos que, na maioria dos casos, elas são a conseqüência de um primeiro afastamento nosso do caminho reto. Desviando-nos deste, enveredamos por outro, mau, e, de conseqüência em conseqüência, caímos na desgraça." O Livro dos Espíritos, Questão 921.

Temos visto com frequência assustadora na mídia as notícias sobre os desfechos trágicos das trajetórias de algumas pessoas, sejam personalidades famosas, sejam anônimos. Relendo esse comentário de Allan Kardec, na questão citada de O Livro dos Espíritos, julguei encontrar as bases para entendermos essas ocorrências.

Se buscarmos as origens das nossas desgraças terrenas, encontraremos o momento em que nos afastamos do caminho reto! Eu sempre digo que, se você tiver uma carreta estacionada e soltar o freio, depois talvez não consiga parar mais.

Mas alguns acham bonita a "vida loka", acham que é libertário se lançar a todos os excessos e que quaisquer conselhos em sentido contrário é algo "careta", reacionário. Os desfechos trágicos, as verdadeiras desgraças que ocorrem nas vidas dessas pessoas mostram a verdade.

Houve falência? Em algum momento a pessoa começou a gastar mais do que ganhava. Overdose? Houve aquele momento, lá atrás, quando a pessoa aceitou experimentar a droga. A pessoa caiu na prostituição? Em certo momento, ela começou a sobrevalorizar os atributos do próprio corpo, depois passou a buscar relações por interesse financeiro e...

Um erro leva ao outro. As opções se nos vão reduzindo e passamos a fazer escolhas forçadas, até o momento da tragédia.