quinta-feira, 17 de novembro de 2011

A Prece Pelos Desencarnados

A gratidão é para mim um dos sentimentos mais belos. Sempre admiro as histórias em que alguém demonstra esse sentimento porque, frequentemente, as pessoas não se lembram dos benefícios que receberam e esquecem os seus benfeitores. A vida, porém, sempre promove os reencontros, em que alguém, outrora beneficiado, tem por sua vez a oportunidade de retribuir.

Lembrando da gratidão, recordo que uma das passagens que mais emocionam na leitura de Nosso Lar é aquela em que André Luiz fica sabendo que algumas pessoas que ele havia atendido gratuitamente em sua clínica médica intercediam em seu favor, através da oração. Essas preces é que haviam possibilitado o seu resgate das regiões sombrias do Umbral.

Assim chegamos ao nosso ponto: por um dever de gratidão, devemos orar em favor dos nossos entes queridos, já desencarnados. Devemos orar pelos nossos mestres, pelos amigos, por aqueles que conhecemos e, de alguma forma, contribuíram para a nossa formação. Devemos orar por todos, é certo, até pelos nossos inimigos ("Orai pelos que vos perseguem..."; "Amai os vossos inimigos").

Não sabemos como os nossos amigos se encontram no Plano Espiritual. Podem estar bem, trabalhando na seara de Jesus; ou podem estar sofrendo torturas morais nas regiões inferiores. Se sofrem, necessitam de um alívio, mesmo que passageiro. Talvez precisem de um resgate, como André Luiz.

No livro "O Céu e o Inferno", de Allan Kardec, há um caso belíssimo, em que um médium ora em favor de um mendigo, que todos pensavam que havia suicidado, pulando em um poço. O Espírito então aparece e diz, através da psicografia: "Eu não suicidei, mas caí naquele poço, e aquilo foi, para mim, o final de uma vida de expiação. Agora que eu estou redimido, sou eu quem vai ajudar você!

Divaldo Franco conta que orava em favor dos suicidas, cujos nomes ele lia no jornal. Um dia, quando sofria muito, um deles apareceu e disse: "Por um tempo muito longo, eu me via sendo esmagado pelo trem, à frente do qual, em um momento de loucura, eu pulei. Isso acontecia repetidas vezes. Até que, um dia, escutei uma voz ao longe dizendo o meu nome, e aquilo me aliviou. Era você que orava em meu favor."

Para os que sofrem, a prece é como uma pequena luz que se acende na escuridão, é sempre um bálsamo que alivia e uma esperança de socorro.

Qualquer que seja a situação espiritual dos nossos amigos desencarnados, oremos por eles.


sexta-feira, 30 de setembro de 2011

VOLTEI !

Ontem voltei ao nosso grupo Espírita, após dois meses impossibilitado de comparecer. Até a fachada me pareceu diferente, mais iluminada. Sem dúvida, emocionei-me por retornar àquele celeiro de bênçãos e reencontrar os sorridentes companheiros, amigos de muitos anos.

O estudo da Eliane Ferraz falava sobre reencarnação e justiça e foi, como sempre, bastante oportuno. Ela é bem-humorada e tem muito conhecimento.

Basta entrar em um templo Espírita e os nossos pensamentos já se modificam, são reajustados. Percebi isso claramente ontem. Passamos a pensar na nossa reforma, pensar na prática do bem. Enquanto estamos ali, refletimos sobre as nossas dificuldades íntimas e formulamos propósitos de melhoria.

Eu ontem pensei, entre outras coisas, na necessidade de ser coerente, de ser a mesma pessoa em todos os ambientes, no Centro Espírita, no Lar, no trabalho.

Os Espíritos nos esclarecem que, enquanto ocorrem as palestras públicas, nos Centros Espíritas, os trabalhadores desencarnados realizam atendimentos junto ao público, aplicam passes e desembaraçam algumas pessoas dos fluidos negativos aos quais estão vinculados. Mesmo para aqueles que estão sofrendo processos de obsessão, a hora da palestra é como um oásis no deserto, é um momento de lucidez, bendita oportunidade de mudar os rumos e refazer os caminhos. Por isso, quando vamos ao Centro, recebemos um belo "pacote" de assistência espiritual.

Que os propósitos novos formulados ontem possam se concretizar, é o que eu peço ao Senhor da vida!

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Provas da Sobrevivência da Alma

Provas da sobrevivência da alma nós temos todos os dias; apenas não prestamos atenção. Provas da assistência constante dos bons Espíritos saltam aos nossos olhos, mas, acostumados apenas às vibrações grosseiras da matéria, não conseguimos ver. Provas da existência de Deus não são necessárias, pois quem vê a obra pressente a existência de um Criador.

Como disse alguém uma vez: "se alguém acha que a vida na Terra é obra do acaso, que espalhe centenas de letras ao vento e julgue se elas serão capazes de, ao acaso, juntar-se e formar um poema."

Aos mais incrédulos, Deus concede as provas nas comunicações mediúnicas, provas incontestáveis, que não deixam dúvidas. Talvez seja assim porque nós Espíritas somos aqueles "trabalhadores da última hora", somos daqueles mais recalcitrantes, mais endurecidos. Nesse rol eu me incluo, pois tenho recebido a graça e a responsabilidade de saber, sem nenhuma margem para incerteza, que o Espírito sobrevive à morte do corpo carnal. Tenho recebido provas da realidade do mundo espiritual, e não foram poucas.

Certa vez, quando o nosso grupo Espírita comemorava 50 anos de existência, houve um simpósio sobre mediunidade no sábado, véspera da data festiva. Foi convidado um médium de amplos recursos para participar dos trabalhos, o Wagner Gomes, da cidade de Mário Campos. Ele nunca havia ido ao nosso Centro Espírita. Na data combinada, ali compareceu, acompanhado pelo saudoso Sr. Honório Abreu. Na parte final dos trabalhos, ele iniciou a psicografia de algumas mensagens. Quando foi ler os textos, havia duas mensagens de Espíritos bem conhecidos no Movimento Espírita. Mas havia também uma terceira mensagem. Antes de ler, ele disse: "Esse Espírito eu não conheço". Mas, enquanto ele lia a mensagem para nós, percebemos que havia nela algo de familiar, como se o Espírito fosse alguém muito próximo a nós. Ao final, ele leu o nome: Hélio Petrônio. Poucos o conheciam pelo nome. Quem esclareceu tudo foi o presidente da Casa: "Esse senhor foi quem doou o terreno para a construção do nosso Centro Espírita, há cinquenta anos atrás!"

Não havia possibilidade do médium Wagner conhecer o Sr. Hélio, pois, pouco depois de doar o terreno, ele se mudou definitivamente para o Rio de Janeiro, na década de 50. Esta é ou não uma prova da imortalidade da alma?

sábado, 24 de setembro de 2011

Informação x Conhecimento

Leon Denis, o grande escritor espírita, disse que o médium deve evitar a leitura de jornais, porque este hábito inunda o seu psiquismo de informações que atrapalham o seu processo de comunicação com o mundo invisível. Bem, ele disse isso em seu livro "No Invisível", escrito por volta de 1900! E hoje, quando quase todos adquiriram o hábito de "navegar" na internet e se dedicam a isso durante várias horas do dia? Esse acúmulo de informações colhidas na rede ajuda ou atrapalha o médium? E a pessoa que não é médium ostensiva?

Com efeito, em nossos acessos diários aos grandes portais de informação, é inevitável passar os olhos pelas principais notícias, desde as notícias sobre a economia, passando pelo noticiário policial e, até mesmo, pelos "factóides" criados pelas chamadas celebridades, na ânsia de se manterem na mídia. Esta semana mesmo vi a notícia sobre uma celebridade esportiva, que teria ido jantar com os dois filhos! Um fato corriqueiro para qualquer pessoa, menos para uma celebridade. Isto sem falar nas importantíssimas declarações de famosos e anônimos no Twitter, que chegam diretamente aos smartphones das pessoas.

A professora Geisa Vaz Mendes, da Faculdade de Educação da PUC, declarou que, na atual era em que vivemos, a chamada era da informação, "as informações são voláteis". "É muito importante ressaltar que informação rápida não é conhecimento", disse. Conhecimento depende de uma base sólida para contrapor ideias e ter senso crítico. Sua construção se dá de forma permanente.

De fato, sabemos que informação é diferente de conhecimento. Luckesi (1996) afirma que adquirir conhecimentos não é compreender a realidade retendo informações, mas utilizar-se destas para desvendar o novo e avançar.

Por isso, todos os nossos instrutores sobre mediunidade, a começar por Allan Kardec, são unânimes em recomendar ao médium que estude, que não apenas recolha informações, mas que reflita sobre elas, questione, compare, discuta, para formar uma base sólida de conhecimentos que o capacite a uma atuação equilibrada na seara mediúnica.

Assim, concluímos que a recomendação de Leon Denis, adaptada para os dias de hoje, continua válida. O médium não deve se afastar do mundo, nem se afastar do mundo digital. Porém, é preciso que ele saiba limitar as suas horas de internet. É preciso que ele saiba selecionar as suas leituras na rede. Em suma, quanto menos "lixo" ele acumular no seu campo mental, maiores condições terá de se transformar em um instrumento confiável no intercâmbio mediúnico.

Pois a meta de todo médium deve ser tornar-se um médium seguro, ou seja, aquele em quem se pode confiar.

E, quem não é médium ostensivo, que "coloque as barbas de molho", pois o intercâmbio espiritual não ocorre somente nas salas de reunião mediúnica, mas é de todo dia, de todos os momentos.


sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Sensibilizando a Nossa Nuvem de Testemunhas

O Espiritismo, na medida em que nos ensina a trabalhar a fé raciocinada, prepara-nos para enfrentar as provas e as adversidades da vida. A pessoa passa a crer porque sabe. Não é mais aquela fé cega, em que o homem aceita os dogmas sem poder questioná-los.

O passado fala alto em nossas vidas. Segundo o Dr. Jorge Andréa, o inconsciente é zona de comando. Por isso, muitas atitudes nossas, aparentemente incompreensíveis, têm a sua origem no inconsciente. Aquele que possui débitos do passado, traz a matriz da culpa no inconsciente; como esta zona do nosso psiquismo comanda, por vezes permitimos a instalação de processos obsessivos em nós, devido ao desejo inconsciente de reparação dos nossos erros pretéritos.

O atormentado de hoje foi o atormentador do passado. Nem por isso, ele merece menor parcela de carinho e assistência de nossa parte. Ao contrário; se percebemos o sofrimento do nosso irmão, ele passa imediatamente a ser nosso próximo. Quem nos afirmaria que Deus, permitindo que tomemos conhecimento da dor de alguém, não o faz para que nós possamos amenizá-la?

Da culpa inconsciente que carregamos, aproveitam-se os adversários do passado, as nossas vítimas de ontem, e iniciam os lamentáveis e injustificáveis processos de vingança.

Porém, mesmo diante de obsessores, a nossa boa conduta é capaz de sensibilizá-los, fazendo com que mudem de atitude. Quantos obsessores não se envergonhavam da própria conduta ante a humildade de Bezerra de Menezes? Quantos perseguidores não se renovavam, observando a vida de Eurípedes Barsanulfo?

O grande Eurípedes, certa vez, foi chamado tarde da noite para um socorro a uma mulher que, prestes a dar a luz, corria risco de vida. Grávida, o bebê se encontrava "virado" e, na zona rural de Sacramento, àquela época, não havia recursos para livrá-la e salvar a criança. Sozinho, partiu para a localidade distante, levando alguns medicamentos, que ele próprio produzia. No caminho, foi abordado por um assaltante. Então Eurípedes disse: "Por favor, preciso socorrer a uma mulher grávida, que necessita de socorro urgente". O salteador então diz: "É minha mulher! Desesperado, sem recursos, vim assaltar, para arranjar algum dinheiro e tentar salvá-la". Dali em diante, aquele homem tornou-se um verdadeiro guarda-costas de Eurípedes Barsanulfo, acompanhando-o sempre nas visitas à zona rural de Sacramento.

Havendo sinceridade nas nossas atitudes, havendo desprendimento, a "nuvem de testemunhas" que nos observa será certamente sensibilizada pelas nossas boas ações. Os bons espíritos simpatizarão conosco, passando a nos auxiliar nas horas mais imprevistas. Já os obsessores estarão moralmente impedidos de "pagar o bem com o mal", pois "Deus não permite que aquele que perdoa seja perseguido".


quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Benfeitor Espiritual

Manoel Philomeno de Miranda é um benfeitor espiritual que eu muito admiro. Especializado no estudo das obsessões, atua nas atividades desobsessivas desde a sua reencarnação mais recente, que ocorreu na Bahia, e prossegue trabalhando no Plano Espiritual.

Os seus livros, psicografados por Divaldo Pereira Franco, são valiosos repositórios de conhecimento sobre os processos de obsessão, com ênfase no tratamento dos obsidiados e obsessores e na profilaxia, ou seja, nas medidas preventivas. Destaco três livros.

Seu primeiro livro, editado há quase 40 anos, é um dos mais completos da série: "Nos Bastidores da Obsessão". Esse livro narra o auxílio a uma família, vítima de obsessão coletiva, em um episódio vivido por Manoel quando estava ainda encarnado, em companhia do grande batalhador do Espiritismo baiano, José Petitinga. Por isso é um livro muito original. Nele, as técnicas obsessivas utilizadas pelos irmãos enfermos são detalhadas, com destaque para a hipnose. É um livro para ser estudado por todos os que militam nas reuniões de desobsessão.

O livro "Nas Fronteiras da Loucura" narra os trabalhos de socorro espiritual em uma semana de carnaval, no Rio de Janeiro, e traz interessantes exemplos acerca do funcionamento da Lei de Causa e Efeito. É um livro de leitura obrigatória para todos os Espíritas.

Por fim, o livro "Trilhas de Libertação" narra as peripécias de um médium fracassado, que se permitiu incorrer no crime do "comércio das coisas sagradas". É uma obra-prima. Um dos melhores livros que já li.

Nesse livro, em certo momento, Manoel Miranda pára e contempla as pessoas caminhando nas ruas. Então diz que é imensamente grato aos benfeitores espirituais pelo amparo que prodigalizam à humanidade sofredora! Quando eu li esse trecho, imediatamente pensei: "Mas então, Manoel, você não é também um desse benfeitores? Quantas obras há no mundo quais as suas?

São muito modestos esses benfeitores espirituais!







domingo, 31 de julho de 2011

O homem é quase sempre o obreiro da sua própria infelicidade

"Já nesta vida somos punidos pelas infrações, que cometemos, das leis que regem a existência corpórea, sofrendo os males conseqüentes dessas mesmas infrações e dos nossos próprios excessos. Se, gradativamente, remontarmos à origem do que chamamos as nossas desgraças terrenas, veremos que, na maioria dos casos, elas são a conseqüência de um primeiro afastamento nosso do caminho reto. Desviando-nos deste, enveredamos por outro, mau, e, de conseqüência em conseqüência, caímos na desgraça." O Livro dos Espíritos, Questão 921.

Temos visto com frequência assustadora na mídia as notícias sobre os desfechos trágicos das trajetórias de algumas pessoas, sejam personalidades famosas, sejam anônimos. Relendo esse comentário de Allan Kardec, na questão citada de O Livro dos Espíritos, julguei encontrar as bases para entendermos essas ocorrências.

Se buscarmos as origens das nossas desgraças terrenas, encontraremos o momento em que nos afastamos do caminho reto! Eu sempre digo que, se você tiver uma carreta estacionada e soltar o freio, depois talvez não consiga parar mais.

Mas alguns acham bonita a "vida loka", acham que é libertário se lançar a todos os excessos e que quaisquer conselhos em sentido contrário é algo "careta", reacionário. Os desfechos trágicos, as verdadeiras desgraças que ocorrem nas vidas dessas pessoas mostram a verdade.

Houve falência? Em algum momento a pessoa começou a gastar mais do que ganhava. Overdose? Houve aquele momento, lá atrás, quando a pessoa aceitou experimentar a droga. A pessoa caiu na prostituição? Em certo momento, ela começou a sobrevalorizar os atributos do próprio corpo, depois passou a buscar relações por interesse financeiro e...

Um erro leva ao outro. As opções se nos vão reduzindo e passamos a fazer escolhas forçadas, até o momento da tragédia.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Vítimas do Auto-engano

“Quantos males, quantas enfermidades não deve o homem aos seus excessos, à sua ambição, numa palavra, às suas paixões?”

“Que se deve pensar daquele que suscita a guerra para proveito seu? Grande culpado é esse e muitas existências lhe serão necessárias para expiar todos os assassínios de que haja sido causa, porquanto responderá por todos os homens cuja morte tenha causado para satisfazer à sua ambição.”

Busquei essas referências em “O Livro dos Espíritos” para refletir um pouco naquela condição moral de certos tiranos, que já idosos, multimilionários, mesmo assim não abrem mão do poder. O que mais eles buscam? Não estarão dominados pela insatisfação própria de quem se aferra aos bens materiais? Nós sabemos que o homem só é infeliz pela importância que liga às coisas deste mundo.

Alguns deles acreditam que são símbolo de revoluções, que lutaram pela liberdade e são amados pelo povo. Será? Acho que se iludem a si mesmos. Nesse caso, vale aquela famosa frase de Madame Roland, quando caminhava para ser guilhotinada pela Revolução Francesa: “Liberdade, liberdade, quantos crimes são cometidos em seu nome!”

Com efeito, o orgulho e o egoísmo são os maiores obstáculos ao progresso moral do homem. Nós demoramos a compreender que além da felicidade que o gozo dos bens terrenos proporciona, uma felicidade maior existe e infinitamente mais duradoura.

Oremos por essas vítimas do auto-engano.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Presença do Sobrenatural

A influência dos Espíritos em nossas vidas é um dos princípios básicos do Espiritismo. Essa influência pode ser sutil, oculta, ou ostensiva, quando os Espíritos atuam na matéria, através dos fenômenos de materialização.

Se um efeito físico ocorre com alguém, isso não quer dizer que aquela pessoa é uma médium de efeitos físicos. O médium pode estar nos arredores, na vizinhança. Assim, uma vez, minha mãe relatou que, estando na cozinha, um copo que estava sobre a pia, ao invés de cair do escorredor, subiu ao mesmo!

Pode ter ocorrido com ela um fenômeno de efeitos físicos. Porém não podemos ter certeza disso sem antes investigar todas as possíveis causas naturais do fenômeno. No caso desse inesperado movimento do copo, reconheço que, dificilmente existirão causas naturais para um movimento contra a lei da gravidade. Se foi, de fato, um fenômeno espírita, isso não quer dizer que ela era uma médium dessa natureza, pois, confome eu disse, o médium poderia estar nas vizinhanças.

Pois bem, certa vez eu viajava de Belo Horizonte para Diamantina e dirigia um veículo muito novo, da empresa na qual trabalhava. Porém, eu corria muito naquele dia. Era muito jovem, sem juízo, e viajava sozinho, o que é sempre tedioso. Resolvi então marcar um minuto no relógio e verificar qual a distância que eu conseguia percorrer naquele minuto! E corria muito! O carro era muito estável e favorecia as altas velocidades. A estrada era deserta. Então fui fazendo isso ao longo da viagem.

Eu marcava o tempo em um relógio automático, desses que, estando no braço, nunca param de funcionar. Todavia, quando eu me aproximava de um trecho especialmente perigoso da rodovia, a região do Morro do Camelinho, cheio de curvas, ocorreu o inesperado: ao olhar para o relógio, o ponteiro de segundos parou, justo no momento em que eu olhava! E o relógio não funcionou mais.

Aviso? Advertência? Efeitos físicos? Creio que sim, mas quem poderá saber...

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Questão de Sintonia

A sintonia mental que sustentamos é sempre uma livre escolha nossa.

Certa vez, um amigo meu, o Cláudio, espírita convicto, passava pela região dos hospitais em Belo Horizonte quando viu um pequeno tumulto. Uma senhora se encontrava caída ao chão, em convulsões e muitos curiosos se encontravam em torno. Ao lado, uma criança de seis ou sete anos pedia socorro. Era a filha dela. Prestativo e experiente, ele, sem dúvida, ajudou inicialmente no socorro à irmã em aflição.

Após a crise, o amigo conversou com a criança e percebeu algo curioso. Apesar da pouca idade, ela sabia o nome completo da mãe e o endereço de casa. Isso era um recurso daquela senhora, porque suas crises eram frequentes e, por vezes, somente a menina estava presente para pedir socorro e encaminhá-la posteriormente de volta ao lar.

Desejando auxiliar, o Cláudio anotou o endereço daquela senhora e prometeu fazer uma visita, com objetivos fraternos: realizar um culto no lar e ministrar alguns esclarecimentos, sob a ótica espírita.

Na semana seguinte, lá se foi o Cláudio, e mais um companheiro, à vista fraterna. A senhora morava em um bairro distante, depois de Venda Nova. A casa era muito simples, mas eles foram bem recebidos.

No culto no lar, que se desenrolou em uma mesinha ao ar livre, a irmã relatou que, frequentemente, passava mal. E mostrou as marcas no corpo das inúmeras quedas nos episódios convulsivos. Disse que, às vezes, quando descia de um ônibus, por exemplo, se o motorista freava bruscamente, ela se irritava e sofria então um ataque epilético.

Subitamente, o imprevisto aconteceu: no meio do culto, uma criança de uma casa vizinha subiu ao muro para apanhar algumas goiabas no quintal da nossa irmã. Ela, vendo a cena, irritou-se de tal maneira que começou a xingar o menino.

Isso bastou para precipitar o ataque epilético, que, graças a Deus, foi debelado pela ação do Cláudio, que rapidamente aplicou-lhe passes dispersivos. Mas foi preciso muita prece e muita fé em Deus para evitar a crise, que não era mais do que a aproximação de um irmãozinho desencarnado. Quando a nossa irmã se irritava, sintonizava com o obsessor, que, assumindo o controle dos seus centros motores, a derrubava ao chão e desencadeava a crise convulsiva, pelo desequilíbrio que lhe era próprio!

No episódio narrado, o sentimento inferior que ela se permitiu, ao ver a criança buscar uma simples goiaba no seu terreno, bastou para possibilitar o acesso do obsessor ao seu psiquismo, com consequências terríveis. Da mesma forma, quando ela se irritava com os motoristas de ônibus, ou com outra pessoa qualquer, o obsessor assumia o controle, através da sintonia mental, e ela passava mal.

Simples assim! Porém complexo como só as obsessões podem ser.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

A Certeza da Imortalidade

Nós, os espíritas, temos inúmeras provas da imortalidade da alma. É que os próprios seres que nós amamos vêm nos mostrar que continuam vivos. E fazem isso de inúmeras maneiras, seja através das mensagens psicografadas, seja através de aparições.

Por vezes fazem isso através da psicofonia, quando temos o privilégio de dialogar com eles, em reuniões mediúnicas.

Aprendi que, quando isso acontece, Deus somente o permite por um motivo de certa gravidade; normalmente é um aviso ou uma advertência.

São muito comuns as aparições de pessoas no momento da desencarnação de alguém. Não raro, a própria pessoa vem avisar algum familiar. Outras vezes, o moribundo vê espíritos familiares acercando-se do seu leito, como se viessem buscá-lo. E, de fato, é isso que acontece. Lemos nas mensagens psicografadas por Chico Xavier, de jovens desencarnados, que, normalmente é um avô, avó ou bisavô, que vêm buscá-los. Como isso é consolador, não?

Ter a certeza da sobrevivência da alma é, sem dúvida, uma responsabilidade maior para nós. Se sabemos que somos imortais, quais as conseqüências morais disso? O que mudamos nas nossas vidas, a partir dessa constatação?

Lembramos da Parábola do “Rico e Lázaro” quando o homem rico, estando em tormentos no plano espiritual, pede a Pai Abraão: “mas se alguém for ter com eles (os seus irmãos) dentre os mortos, hão de se arrepender. Replicou-lhe Abraão: se não ouvem a Moisés e aos profetas tampouco se deixarão persuadir, ainda que ressuscite alguém dentre os mortos." E, de fato, alguns, nem se vissem um desencarnado, acreditariam!

Temos, sem dúvida, certeza da vida espiritual, mas quais as mudanças íntimas que realizamos com base nesta fé?

Emmanuel nos diz que se dizemos que temos fé, mas não vivemos em conformidade com esta fé, então ela não é legítima.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

O caso do asilo

As tarefas espíritas são oportunidades maravilhosas de aprendizado, proporcionando sempre experiências enriquecedoras. Com os anos, vamos acumulando "casos", que recordamos com especial carinho, como este que eu vou narrar.

Certa vez acompanhei a Mocidade Espírita do CE Bezerra de Menezes O Apóstolo do Bem em uma visita ao Asilo Afonso Pena, em Belo Horizonte. Esta é uma instituição centenária que abriga dezenas de idosos necessitados, que são amparados também por alguns voluntários.

A visita aos irmãos necessitados, na minha opinião, é uma das mais belas oportunidades de vivência do evangelho. Quando visitamos alguém, saímos dos nossos lares, do nosso comodismo, e vamos ao encontro do outro para doar alguma coisa. Geralmente doamos um pouco daquilo que nos sobra e recebemos do irmão visitado muito daquilo que nos falta. Sem dúvida, quem inicia um programa de visitas logo sente que vai para doar e, no entanto, recebe muito mais.

Naquele dia, a expectativa era grande, porque era a primeira visita da Mocidade, um grupo recém constituído, ensaiando os primeiros passos nas visitas fraternas. O grupo contava não só com jovens, mas com adolescentes. Entre estes últimos, havia a Carolina, talvez a mais jovem dos tarefeiros, com 13 anos, à época.

O grupo se dividiu um pouco e a Carolina rumou para a ala feminina. Então começou aquela experiência de "puxar conversa" com os idosos, nem sempre tão receptivos a quem visita pela primeira vez, o que é perfeitamente normal, afinal se trata de um "estranho" e o momento pode não ser oportuno.

A Carol bem que tentou conversar com uma idosa, que estava muito mal-humorada naquele dia, como, aliás, lhe era habitual. Era o seu jeito! Ela insistia, insistia, mas a senhora respondia apenas com monossílabos, quando respondia. Por fim, a senhora se irritou e começou a dizer coisas pesadas a ela, insultos, etc, causando um constrangimento geral.

A história parecia terminar mal, mas a Carolina saiu-se com esta: "Olha, se eu estou aqui é porque eu te amo!" E disse isto com tanta sinceridade que comoveu a senhora, e elas terminaram abraçadas, como velhas amigas.

Não sei se a memória me traiu em algum detalhe, mas aconteceu mais ou menos assim!

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Quedas e Livre-arbítrio

A passagem da mulher adúltera no Evangelho nos ensina qual deve ser a nossa conduta perante os companheiros em queda. Sem dúvida, a frase de Jesus ainda repercute em nossas consciências: “aquele que dentre vós estiver sem pecado seja o primeiro que lhe atire a pedra”.

Ouvindo esta resposta, os acusadores foram se retirando um por um, a começar pelos mais velhos, ficando só Jesus e a mulher. Então ele perguntou: “mulher, onde estão os teus acusadores? Ninguém te condenou? Nem eu tampouco te condeno; vá e não peques mais”.

Fácil nos é compreender que todos nós estamos sujeitos às quedas morais. Somos ainda Espíritos imperfeitos, que ainda não conquistamos a superioridade moral. A vida corpórea nos é dada para nos livramos dessas imperfeições, mediante as provas por que passamos.

No plano espiritual, mediante o livre-arbítrio, o Espírito escolhe o gênero de provas por que há de passar na próxima reencarnação. Evitando o mal e praticando o bem, ele se melhora e dá um passo adiante na senda do progresso. Se fracassa, permanece o que era, nem pior, nem melhor. Mas, a quem sucumbiu, resta-lhe a consolação de que nem tudo se lhe acabou e que a bondade divina lhe concede a liberdade de recomeçar o que foi malfeito.

Portanto, os companheiros em queda (nós mesmos, por vezes) são aqueles que estão fracassando nas suas provas, que estão cedendo às sugestões dos Espíritos impuros e sucumbindo.

Vale recordar que Deus nos criou simples e ignorantes, com idêntica aptidão tanto para o bem quanto para o mal. Como temos o livre-arbítrio, quem segue o caminho do mal faz isso por vontade própria.

Pode-se dizer que o meio onde a pessoa está colocada representa a causa de muitos vícios e crimes. Não é verdade. O meio é uma prova que o Espírito escolheu, quando em liberdade, levado ao desejo de expor-se à tentação para ter o mérito da resistência. Sabemos que, mesmo estando na atmosfera dos vícios, não há arrastamentos irresistíveis no que se refere aos atos da vida moral.

Ninguém há predestinado ao crime e todo crime resulta sempre da vontade e do livre-arbítrio. Ninguém é fatalmente levado ao mal.

Por tudo isso, perante o companheiro em queda, imaginemos se, em seu lugar, seríamos capazes de resistir às sugestões do mal.

Uma provérbio dos índios Cheyenne dizia: “não julgue seu vizinho sem que tenha andado duas luas com os seus mocassins”.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Companheiros em Queda

Diz a questão 621 de “O Livro dos Espíritos” que a lei de Deus está escrita na nossa consciência. No Plano Espiritual, compreendemos a lei de acordo com o grau de perfeição que tenhamos atingido e, quando reencarnamos, guardamos a intuição dessa lei. Porém, em geral, os nossos maus instintos fazem com que nos esqueçamos dela.

A lei de Deus, ou lei natural, é a única verdadeira para a felicidade do homem. Quando dela se afasta, o homem se torna infeliz.

Busquei essas referências em “O Livro dos Espíritos” para embasar o estudo que estou preparando intitulado “Companheiros em Queda”. O objetivo principal será falar da conduta espírita diante dos irmãos que estagiam nas faixas do erro e da queda. Sem dúvida, iremos falar também de nós mesmos, pois quem se poderá declarar isento de erros? Quem será capaz de “atirar a primeira pedra”? Na nossa condição atual, caminhamos ainda vacilantes, por isso as quedas são freqüentes.

Se aqueles que se encontram em queda estão afastados da lei de Deus, e esta é a única capaz de nos fazer felizes, devemos inicialmente enxergar esses nossos companheiros como seres infelizes. Admitindo essa premissa, por que então agravá-los com as nossas acusações? Por que condená-los, se a própria consciência deles mesmos já os condena?

Recordei-me agora de uma passagem da vida do benfeitor espiritual Bezerra de Menezes, o “médico dos pobres”. Certa vez um homem furtou a sua carteira. Algumas pessoas, porém, viram o fato e cercaram o infeliz. Logo a polícia apareceu e o prendeu. Bezerra, contudo, olhou para ele e apiedou-se da sua condição. Disse então para a polícia: “podem soltá-lo, ele é meu amigo e apenas brincava comigo”. E, ante a surpresa de todos, retirou o companheiro da multidão e saiu abraçado com ele. Depois disse ao irmão em queda: “Se você pegou a carteira, deve estar precisando!”. Abriu a carteira e deu algum dinheiro ao homem!!!

Assim agem aqueles que já compreenderam que a caridade verdadeira é a “benevolência para com todos, indulgência para as imperfeições dos outros e perdão das ofensas”.

domingo, 30 de janeiro de 2011

Você é Médium?

Você possui algum sinal ou indício de mediunidade?

A mediunidade não pode ser confirmada através de algum sinal ou "sintoma"; apenas um conjunto de sinais, quando observados de forma prolongada, pode indicar a presença da faculdade mediúnica.

Se você, por vezes, vê um vulto, de rosto invariavelmente velado, quando está sozinho em casa. Se sente que é observado, olha e vê que realmente alguém o observa. Se você vai a um casamento e fica mais alegre que a noiva, ou vai a um velório e fica mais triste que o viúvo. Se, de certa forma, parece captar as vibrações dos ambientes que frequenta. Se você ouve vozes. Se, às vezes, parece ler o íntimo das pessoas. Se sonha que algo vai acontecer e, realmente, aquilo acontece. Se tudo isso ocorre com você ou pelo menos alguns desses "sintomas", você pode ser um(a) médium.

Não se assuste, porém! A mediunidade é um bênção de valor inestimável e pode ser excelente propulsora do seu progresso espiritual, se bem trabalhada e vivenciada.

Sabemos da obra codificada por Allan Kardec que a mediunidade reside no organismo. Portanto, quem é médium ostensivo já nasce médium, já nasce com o corpo predisposto a favorecer o transe mediúnico (que ocorre através de ligeiro afastamento do corpo espiritual, o chamado perispírito). Eu acredito, porém, que as percepções extrafísicas que o médium possui lhe são tão naturais, que ele custa a perceber que nem todo mundo é daquela forma.

Assim, por vezes, apenas quando ele começa a desenvolver, ou melhor a educar a sua personalidade mediúnica é que presta atenção nela.

De fato, é tudo uma questão de atenção! Sempre digo que, se um casal vai ao shopping, na volta, o marido pode perguntar: "você viu aquela loja de material esportivo?" E a mulher não viu. A esposa, por sua vez, pode perguntar: "você viu aquela loja de roupa feminina?" E o marido também não terá visto. Cada um concentra a sua atenção naquilo que lhe interessa. Por isso, acredito que com a mediunidade ocorra o mesmo.

Se você é médium, comece a estudar o assunto e a estudar-se, para conhecer as faculdades de que é portador. Não tenha pressa. Frequente uma casa Espírita. Leia "O Livro dos Médiuns", da Allan Kardec, que é a melhor obra que existe sobre a prática da mediunidade.

Além desta, as melhores obras que eu conheço sobre o assunto são: "Nos Domínios da Mediunidade", da André Luiz; "Diretrizes de Segurança", de Divaldo Franco e Raul Teixeira; e "Seara dos Médiuns", de Emmanuel.

Comece pela obra "Diretrizes de Segurança", que é um livro de perguntas e respostas, e pode ajudá-lo nesse período inicial a tirar algumas dúvidas muito comuns sobre o assunto.

sábado, 29 de janeiro de 2011

Sutilezas da Vidência

Um escritor visita as famosas ruínas de Pompéia, cidade romana que foi sepultada pelas cinzas do vulcão Vesúvio. Andando pelas ruas, ele sente estranhas impressões. Toma em suas mãos um pedaço de tijolo das ruínas e vê em sua tela mental as cenas trágicas associadas à erupção do Vesúvio, ocorrida no ano 79 D.C. Com base nessas visões, escreve o livro “Os Últimos Dias de Pompéia”.

Esse escritor foi Lord Bulwer Litton, que utilizou na composição da sua obra a psicometria, uma faculdade mediúnica através da qual, ao contato com um objeto, o médium vê cenas do passado das pessoas que o possuíram.

A psicometria foi um dos tópicos do estudo que apresentei, na quinta-feira passada, sobre a mediunidade de vidência no CE Bezerra de Menezes O Apóstolo do Bem. Sobre esta faculdade, colhi no livro “Mediunidade”, de Edgar Armond, a informação de que o livro “Os Últimos Dias de Pompéia”, foi escrito dessa maneira: “visitando o escritor as ruínas daquela extinta cidade, tomou de um fragmento de tijolo e, usando-o como polarizador, viu desenrolar-se no seu campo de vidência todos os acontecimentos ligados à destruição da cidade.” Interessante, não?

Sobre a vidência, Allan Kardec nos esclarece em “O Livro dos Médiuns” que ela é uma faculdade de ocorrência rara e que devemos desconfiar dos que se dizem possuidores dessa faculdade. Que “é prudente não se lhes dar crédito senão diante de provas positivas”. Também afirma que “a visão habitual, ou facultativa dos Espíritos, sem distinção, é (de ocorrência) excepcional”. Por aí já se vê que médiuns videntes não podem ser encontrados em toda parte. Isso ressalta, mais uma vez, a importância do estudo para fornecer as bases de discernimento para as pessoas.

Um outro ponto que abordei no estudo refere-se à diferença entre o fenômeno da vidência e o da materialização. Se um Espírito aparecer e for visto por muitas pessoas ao mesmo tempo, trata-se de materialização. Se for visto por uma pessoa apenas, é vidência (se houver mais de um médium vidente, todos podem ver a mesma imagem, mas isso é raríssimo). É também necessário verificar se a aparição é tangível ou não.

Com base nisso, analisando o fenômeno das aparições de Maria em Fátima, Portugal, vistas pelas crianças Lúcia e seus primos Francisco e Jacinta, cheguei a uma conclusão interessante: as ocorrências de Fátima não foram materializações. No caso, os três eram videntes! Isso fica claro na aparição de 13/10/1917, quando, na presença de cerca de 50 mil pessoas, apenas as três crianças viram o Espírito. Bem, essa não é uma conclusão tão difícil, pois sabemos da dificuldade para um Espírito dessa elevação se materializar aqui na Terra.

Pesquisando o assunto, soube que Lúcia via, ouvia e falava com a aparição, Jacinta via e ouvia e Francisco apenas via, mas não a ouvia. Portanto, os três eram videntes, mas Lúcia e Jacinta eram também médiuns audientes.

Estas são algumas das sutilezas da mediunidade de vidência..

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Convite

Há quase dez anos realizamos o estudo do Evangelho, às terças-feiras, no Centro Espírita Bezerra de Menezes O Apóstolo do Bem, em conjunto com o estudo de O Livro dos Espíritos (LE).

Aprendemos com os confrades mais experientes que, além da Doutrina Espírita constituir-se na chave para a interpretação dos ensinos de Jesus, abrir os estudos com O Livro dos Espíritos prepara o ambiente para o estudo subsequente, tradicionalmente chamado de "miudinho" do Evangelho. E, na prática, o que se verifica é que, frequentemente, os versículos do Evangelho estudados se relacionam profundamente com os conceitos hauridos no LE, no mesmo dia!

Esta reunião tem sido para nós um importante recurso de sustentação nas lutas diárias. Isto porque ninguém consegue superar as dificuldades sozinho. Por isso, as vibrações do grupo ajudam na sustentação de todos os seus membros, auxiliando na busca do equilíbrio que almejamos.

Um grupo fiel de estudiosos do Evangelho e da Doutrina Espírita reune-se todas as semanas para construir o conhecimento, através da pesquisa e do diálogo. E sempre aparecem novos companheiros, que recebemos jubilosos.

Nessas reuniões temos cultivado dois princípios: o estímulo à participação de todos nas discussões e o respeito a todas as manifestações religiosas, razão esta pela qual não permitimos que nelas prevaleçam quaisquer críticas aos profitentes de outras crenças e à suas instituições.

Ao longo dos anos, temos recebido algumas mensagens de apoio da Espiritualidade, como a que recebemos do Espírito Cairbar Schutel, já divulgada no grupo.

Sobre o estudo, recordamos que o livro Luz Imperecível, organizado por Honório Onofre de Abreu, define o Estudo Minucioso do Evangelho de Jesus como uma metodologia “[...] capaz de favorecer, pela troca de idéias, a identificação mais lúcida da essência dos ensinos canalizados por Jesus”. Trata-se de estudo feito em reunião específica, na Casa Espírita, quando se analisam, em detalhes, os ensinos de Jesus, buscando trazê-los para os dias atuais.

Buscamos a essência dos ensinos de Jesus, porém conscientes de que o nosso maior desafio é a prática, a vivência dos postulados evangélicos.

Fica então o convite a todos os interessados para que compareçam às ditas reuniões, às terças-feiras, às 20:00 horas, à rua Nilo Peçanha, 190, bairro Boa Vista, em Belo Horizonte, para somar esforços conosco.