As tarefas espíritas são oportunidades maravilhosas de aprendizado, proporcionando sempre experiências enriquecedoras. Com os anos, vamos acumulando "casos", que recordamos com especial carinho, como este que eu vou narrar.
Certa vez acompanhei a Mocidade Espírita do CE Bezerra de Menezes O Apóstolo do Bem em uma visita ao Asilo Afonso Pena, em Belo Horizonte. Esta é uma instituição centenária que abriga dezenas de idosos necessitados, que são amparados também por alguns voluntários.
A visita aos irmãos necessitados, na minha opinião, é uma das mais belas oportunidades de vivência do evangelho. Quando visitamos alguém, saímos dos nossos lares, do nosso comodismo, e vamos ao encontro do outro para doar alguma coisa. Geralmente doamos um pouco daquilo que nos sobra e recebemos do irmão visitado muito daquilo que nos falta. Sem dúvida, quem inicia um programa de visitas logo sente que vai para doar e, no entanto, recebe muito mais.
Naquele dia, a expectativa era grande, porque era a primeira visita da Mocidade, um grupo recém constituído, ensaiando os primeiros passos nas visitas fraternas. O grupo contava não só com jovens, mas com adolescentes. Entre estes últimos, havia a Carolina, talvez a mais jovem dos tarefeiros, com 13 anos, à época.
O grupo se dividiu um pouco e a Carolina rumou para a ala feminina. Então começou aquela experiência de "puxar conversa" com os idosos, nem sempre tão receptivos a quem visita pela primeira vez, o que é perfeitamente normal, afinal se trata de um "estranho" e o momento pode não ser oportuno.
A Carol bem que tentou conversar com uma idosa, que estava muito mal-humorada naquele dia, como, aliás, lhe era habitual. Era o seu jeito! Ela insistia, insistia, mas a senhora respondia apenas com monossílabos, quando respondia. Por fim, a senhora se irritou e começou a dizer coisas pesadas a ela, insultos, etc, causando um constrangimento geral.
A história parecia terminar mal, mas a Carolina saiu-se com esta: "Olha, se eu estou aqui é porque eu te amo!" E disse isto com tanta sinceridade que comoveu a senhora, e elas terminaram abraçadas, como velhas amigas.
Não sei se a memória me traiu em algum detalhe, mas aconteceu mais ou menos assim!
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011
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