sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Companheiros em Queda

Diz a questão 621 de “O Livro dos Espíritos” que a lei de Deus está escrita na nossa consciência. No Plano Espiritual, compreendemos a lei de acordo com o grau de perfeição que tenhamos atingido e, quando reencarnamos, guardamos a intuição dessa lei. Porém, em geral, os nossos maus instintos fazem com que nos esqueçamos dela.

A lei de Deus, ou lei natural, é a única verdadeira para a felicidade do homem. Quando dela se afasta, o homem se torna infeliz.

Busquei essas referências em “O Livro dos Espíritos” para embasar o estudo que estou preparando intitulado “Companheiros em Queda”. O objetivo principal será falar da conduta espírita diante dos irmãos que estagiam nas faixas do erro e da queda. Sem dúvida, iremos falar também de nós mesmos, pois quem se poderá declarar isento de erros? Quem será capaz de “atirar a primeira pedra”? Na nossa condição atual, caminhamos ainda vacilantes, por isso as quedas são freqüentes.

Se aqueles que se encontram em queda estão afastados da lei de Deus, e esta é a única capaz de nos fazer felizes, devemos inicialmente enxergar esses nossos companheiros como seres infelizes. Admitindo essa premissa, por que então agravá-los com as nossas acusações? Por que condená-los, se a própria consciência deles mesmos já os condena?

Recordei-me agora de uma passagem da vida do benfeitor espiritual Bezerra de Menezes, o “médico dos pobres”. Certa vez um homem furtou a sua carteira. Algumas pessoas, porém, viram o fato e cercaram o infeliz. Logo a polícia apareceu e o prendeu. Bezerra, contudo, olhou para ele e apiedou-se da sua condição. Disse então para a polícia: “podem soltá-lo, ele é meu amigo e apenas brincava comigo”. E, ante a surpresa de todos, retirou o companheiro da multidão e saiu abraçado com ele. Depois disse ao irmão em queda: “Se você pegou a carteira, deve estar precisando!”. Abriu a carteira e deu algum dinheiro ao homem!!!

Assim agem aqueles que já compreenderam que a caridade verdadeira é a “benevolência para com todos, indulgência para as imperfeições dos outros e perdão das ofensas”.

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