domingo, 30 de janeiro de 2011

Você é Médium?

Você possui algum sinal ou indício de mediunidade?

A mediunidade não pode ser confirmada através de algum sinal ou "sintoma"; apenas um conjunto de sinais, quando observados de forma prolongada, pode indicar a presença da faculdade mediúnica.

Se você, por vezes, vê um vulto, de rosto invariavelmente velado, quando está sozinho em casa. Se sente que é observado, olha e vê que realmente alguém o observa. Se você vai a um casamento e fica mais alegre que a noiva, ou vai a um velório e fica mais triste que o viúvo. Se, de certa forma, parece captar as vibrações dos ambientes que frequenta. Se você ouve vozes. Se, às vezes, parece ler o íntimo das pessoas. Se sonha que algo vai acontecer e, realmente, aquilo acontece. Se tudo isso ocorre com você ou pelo menos alguns desses "sintomas", você pode ser um(a) médium.

Não se assuste, porém! A mediunidade é um bênção de valor inestimável e pode ser excelente propulsora do seu progresso espiritual, se bem trabalhada e vivenciada.

Sabemos da obra codificada por Allan Kardec que a mediunidade reside no organismo. Portanto, quem é médium ostensivo já nasce médium, já nasce com o corpo predisposto a favorecer o transe mediúnico (que ocorre através de ligeiro afastamento do corpo espiritual, o chamado perispírito). Eu acredito, porém, que as percepções extrafísicas que o médium possui lhe são tão naturais, que ele custa a perceber que nem todo mundo é daquela forma.

Assim, por vezes, apenas quando ele começa a desenvolver, ou melhor a educar a sua personalidade mediúnica é que presta atenção nela.

De fato, é tudo uma questão de atenção! Sempre digo que, se um casal vai ao shopping, na volta, o marido pode perguntar: "você viu aquela loja de material esportivo?" E a mulher não viu. A esposa, por sua vez, pode perguntar: "você viu aquela loja de roupa feminina?" E o marido também não terá visto. Cada um concentra a sua atenção naquilo que lhe interessa. Por isso, acredito que com a mediunidade ocorra o mesmo.

Se você é médium, comece a estudar o assunto e a estudar-se, para conhecer as faculdades de que é portador. Não tenha pressa. Frequente uma casa Espírita. Leia "O Livro dos Médiuns", da Allan Kardec, que é a melhor obra que existe sobre a prática da mediunidade.

Além desta, as melhores obras que eu conheço sobre o assunto são: "Nos Domínios da Mediunidade", da André Luiz; "Diretrizes de Segurança", de Divaldo Franco e Raul Teixeira; e "Seara dos Médiuns", de Emmanuel.

Comece pela obra "Diretrizes de Segurança", que é um livro de perguntas e respostas, e pode ajudá-lo nesse período inicial a tirar algumas dúvidas muito comuns sobre o assunto.

sábado, 29 de janeiro de 2011

Sutilezas da Vidência

Um escritor visita as famosas ruínas de Pompéia, cidade romana que foi sepultada pelas cinzas do vulcão Vesúvio. Andando pelas ruas, ele sente estranhas impressões. Toma em suas mãos um pedaço de tijolo das ruínas e vê em sua tela mental as cenas trágicas associadas à erupção do Vesúvio, ocorrida no ano 79 D.C. Com base nessas visões, escreve o livro “Os Últimos Dias de Pompéia”.

Esse escritor foi Lord Bulwer Litton, que utilizou na composição da sua obra a psicometria, uma faculdade mediúnica através da qual, ao contato com um objeto, o médium vê cenas do passado das pessoas que o possuíram.

A psicometria foi um dos tópicos do estudo que apresentei, na quinta-feira passada, sobre a mediunidade de vidência no CE Bezerra de Menezes O Apóstolo do Bem. Sobre esta faculdade, colhi no livro “Mediunidade”, de Edgar Armond, a informação de que o livro “Os Últimos Dias de Pompéia”, foi escrito dessa maneira: “visitando o escritor as ruínas daquela extinta cidade, tomou de um fragmento de tijolo e, usando-o como polarizador, viu desenrolar-se no seu campo de vidência todos os acontecimentos ligados à destruição da cidade.” Interessante, não?

Sobre a vidência, Allan Kardec nos esclarece em “O Livro dos Médiuns” que ela é uma faculdade de ocorrência rara e que devemos desconfiar dos que se dizem possuidores dessa faculdade. Que “é prudente não se lhes dar crédito senão diante de provas positivas”. Também afirma que “a visão habitual, ou facultativa dos Espíritos, sem distinção, é (de ocorrência) excepcional”. Por aí já se vê que médiuns videntes não podem ser encontrados em toda parte. Isso ressalta, mais uma vez, a importância do estudo para fornecer as bases de discernimento para as pessoas.

Um outro ponto que abordei no estudo refere-se à diferença entre o fenômeno da vidência e o da materialização. Se um Espírito aparecer e for visto por muitas pessoas ao mesmo tempo, trata-se de materialização. Se for visto por uma pessoa apenas, é vidência (se houver mais de um médium vidente, todos podem ver a mesma imagem, mas isso é raríssimo). É também necessário verificar se a aparição é tangível ou não.

Com base nisso, analisando o fenômeno das aparições de Maria em Fátima, Portugal, vistas pelas crianças Lúcia e seus primos Francisco e Jacinta, cheguei a uma conclusão interessante: as ocorrências de Fátima não foram materializações. No caso, os três eram videntes! Isso fica claro na aparição de 13/10/1917, quando, na presença de cerca de 50 mil pessoas, apenas as três crianças viram o Espírito. Bem, essa não é uma conclusão tão difícil, pois sabemos da dificuldade para um Espírito dessa elevação se materializar aqui na Terra.

Pesquisando o assunto, soube que Lúcia via, ouvia e falava com a aparição, Jacinta via e ouvia e Francisco apenas via, mas não a ouvia. Portanto, os três eram videntes, mas Lúcia e Jacinta eram também médiuns audientes.

Estas são algumas das sutilezas da mediunidade de vidência..

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Convite

Há quase dez anos realizamos o estudo do Evangelho, às terças-feiras, no Centro Espírita Bezerra de Menezes O Apóstolo do Bem, em conjunto com o estudo de O Livro dos Espíritos (LE).

Aprendemos com os confrades mais experientes que, além da Doutrina Espírita constituir-se na chave para a interpretação dos ensinos de Jesus, abrir os estudos com O Livro dos Espíritos prepara o ambiente para o estudo subsequente, tradicionalmente chamado de "miudinho" do Evangelho. E, na prática, o que se verifica é que, frequentemente, os versículos do Evangelho estudados se relacionam profundamente com os conceitos hauridos no LE, no mesmo dia!

Esta reunião tem sido para nós um importante recurso de sustentação nas lutas diárias. Isto porque ninguém consegue superar as dificuldades sozinho. Por isso, as vibrações do grupo ajudam na sustentação de todos os seus membros, auxiliando na busca do equilíbrio que almejamos.

Um grupo fiel de estudiosos do Evangelho e da Doutrina Espírita reune-se todas as semanas para construir o conhecimento, através da pesquisa e do diálogo. E sempre aparecem novos companheiros, que recebemos jubilosos.

Nessas reuniões temos cultivado dois princípios: o estímulo à participação de todos nas discussões e o respeito a todas as manifestações religiosas, razão esta pela qual não permitimos que nelas prevaleçam quaisquer críticas aos profitentes de outras crenças e à suas instituições.

Ao longo dos anos, temos recebido algumas mensagens de apoio da Espiritualidade, como a que recebemos do Espírito Cairbar Schutel, já divulgada no grupo.

Sobre o estudo, recordamos que o livro Luz Imperecível, organizado por Honório Onofre de Abreu, define o Estudo Minucioso do Evangelho de Jesus como uma metodologia “[...] capaz de favorecer, pela troca de idéias, a identificação mais lúcida da essência dos ensinos canalizados por Jesus”. Trata-se de estudo feito em reunião específica, na Casa Espírita, quando se analisam, em detalhes, os ensinos de Jesus, buscando trazê-los para os dias atuais.

Buscamos a essência dos ensinos de Jesus, porém conscientes de que o nosso maior desafio é a prática, a vivência dos postulados evangélicos.

Fica então o convite a todos os interessados para que compareçam às ditas reuniões, às terças-feiras, às 20:00 horas, à rua Nilo Peçanha, 190, bairro Boa Vista, em Belo Horizonte, para somar esforços conosco.