domingo, 29 de janeiro de 2012

DESOCUPAÇÃO DO PINHEIRINHO: VISÃO ESPÍRITA

Na operação policial de desocupação da área do Pinheirinho, em São José dos Campos (SP), no domingo, 23 de janeiro, a Polícia Militar cumpriu mandado de desocupação, desabrigando de seis mil a nove mil pessoas, conforme a fonte da informação. Todos viram pela TV que houve uso da violência nas remoções, especialmente com crianças, mulheres, idosos e pessoas com dificuldade de locomoção. Balas de borracha foram utilizadas e bombas de gás lacrimogêneo foram jogadas onde havia mulheres com crianças e cadeirantes. 

Quando nos deparamos com uma notícia dessas, é muito difícil analisá-la sem a influência das posições políticas de cada um.

A área do Pinheirinho havia sido invadida, por isso muitos aprovam a operação, da forma como ela foi realizada, alegando que os invasores eram criminosos, que desrespeitaram o “sagrado” direito de propriedade.

Leonardo Sakamoto, notável militante dos direitos humanos, questiona, no seu blog: “existe maior atentado contra a dignidade humana que a remoção forçada de pessoas, no campo ou na cidade, que não têm para onde ir?”

E prossegue, de forma irônica; “Adoro quando o governo diz “estávamos apenas cumprindo ordens”, mesmo quando todos sabemos que não havia condições para que a execução dessas ordens fosse feita de forma a respeitar a dignidade da população. Há sempre a possibilidade de dizer “não”, a Constituição garante isso ao poder público.”

Do ponto de vista Espírita, duas palavras dizem tudo: injustiça e iniqüidade.

Em O Evangelho Segundo o Espiritismo (ESE), o Espírito Erasto nos conclama: “Ó todos vós, homens de boa-fé, conscientes da vossa inferioridade em face dos mundos disseminados pelo Infinito!...lançai-vos em cruzada contra a injustiça e a iniquidade. Ide e proscrevei esse culto do bezerro de ouro, que cada dia mais se alastra.”

Sabemos que o homem só possui em plena propriedade aquilo que lhe é dado levar deste mundo. No mesmo ESE, um Espírito protetor afirma que “os bens da Terra pertencem a Deus, que os distribui a seu grado, não sendo o homem senão o usufrutuário, o administrador mais ou menos íntegro e inteligente desses bens.”

Aos que justificam a violência da desocupação, dizendo que aquelas famílias erraram primeiro, quando invadiram o terreno, lembramos que “para socorrer e ajudar com êxito, é necessário buscar a compreensão”.

Então, porque eles erraram, torna-se justificada a violência, a desumanidade? Claro que não! E qual teria sido a causa desse erro? Não foi a injustiça social?

Se a justiça dos homens determinou a desocupação, por que não dialogar antes com as famílias e providenciar um novo local para moradia, um destino certo para aqueles irmãos?

Para finalizar, emprestamos do Espírito André Luiz um trecho de uma prece, do seu livro “Os Mensageiros":

Ajudai-nos a compreensão, a fim de que venhamos a perder todo impulso de acusação nas estradas da vida”.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

A CINCO MINUTOS DE DEUS

No Plano Espiritual, os Espíritos equilibrados estudam o Evangelho com muito mais profundidade. Talvez isso ocorra porque, estando desencarnados, a consciência desperta amplia os limites do entendimento, favorecendo a compreensão das lições de Jesus. 

Assim, no livro "Em Novos Horizontes", psicografado pelo médium Wagner Gomes da Paixão, o personagem principal, João Lúcio, participa do Culto do Evangelho junto a dois amigos espirituais e afirma que as lições da Boa Nova parecem ter vida própria. No caso, João Lúcio é o pseudônimo de um antigo trabalhador espírita mineiro, de quem tivemos o privilégio de assistir às palestras, que ele algumas vezes ministrava no Centro Espírita Bezerra de Menezes, O Apóstolo do Bem.

As lições do Evangelho, tendo vida própria, são capazes de modificar o nosso íntimo, desde que meditadas e vivenciadas.

A propósito, outro dia sonhei com a seguinte frase, que alguém me dizia: "O Sermão da Montanha está a cinco minutos de Deus!

Achei interessante e plausível esta figura de linguagem. Com efeito, as palavras inesquecíveis do Sermão do Monte, se meditadas, podem sim nos aproximar de Deus, pois são a síntese do ensino de Jesus, e Ele é o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vai a Deus, senão por Ele.

Sobre o Sermão da Montanha, Gandhi dizia que, se queimássemos todos os livros do mundo, deixando apenas os capítulos 5 e 6 do Evangelho de Mateus, isso bastaria para os homens!

Esse sonho me fez lembrar dos cabalistas - místicos judeus -, que meditam nas letras do nome de Deus, Javeh, como forma de atingir a iluminação. Eles acreditam que cada letra, palavra, número da Escritura possui um sentido oculto.

E o Sermão da Montanha começa assim: "Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o Reino dos Céus"...Mt 5:3

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

GUARDIÃES DA HUMANIDADE

Na revista Reformador deste mês há um artigo interessante, de Marta Moura, no qual ela afirma que "os quinhentos da Galiléia são os guardiães da humanidade terrestre, que têm como missão "o serviço glorioso da evangelização das coletividades terrestres, sob a inspiração de Jesus Cristo".

Vejam que maravilha: Jesus teria confiado a missão de cristianização da Humanidade a um grupo bem diversificado de Espíritos, aos quais o Cristo apareceu após a crucificação e antes da Ressurreição.

No esoterismo, ouvimos que há sempre um grupo de nove Espíritos reencarnados na Terra (magos), que sustentam a humanidade terrestre nas suas provas. Segundo esse ensinamento, eles seriam pessoas comuns, que vivem quase sem ser notadas.

Nas mensagens Espíritas, aprendemos que, desde a ressurreição de Jesus, não se passou um século sem que um Apóstolo de Jesus estivesse reencarnado na Terra!

Como isso é consolador! Quem seriam eles? Sabemos que Francisco de Assis era João Evangelista, reencarnado (séculos XII e XIII). Allan Kardec (séculos XIV, XV e XIX) era, possivelmente, o apóstolo Pedro ("Sobre esta pedra edificarei a minha Igreja"; "Eis aí o meu Apóstolo" - Evangelho Segundo o Espiritismo). Quem teria sido o apóstolo do século XX? Gandhi, Madre Teresa de Calcutá? Quem é o apóstolo que está ou estará entre nós no século XXI?

Será que um dos quinhentos da Galiléia esteve entre nós, no Movimento Espírita Mineiro?

GUARDIÃES DA HUMANIDADE

Na revista Reformador deste mês há um artigo interessante, de Marta Moura, no qual ela afirma que "os quinhentos da Galiléia são os guardiães da humanidade terrestre, que têm como missão "o serviço glorioso da evangelização das coletividades terrestres, sob a inspiração de Jesus Cristo".

Vejam que maravilha: Jesus teria confiado a missão de cristianização da Humanidade a um grupo bem diversificado de Espíritos, aos quais o Cristo apareceu após a crucificação e antes da Ressurreição.

No esoterismo, ouvimos que há sempre um grupo de nove Espíritos reencarnados na Terra (magos), que sustentam a humanidade terrestre nas suas provas. Segundo esse ensinamento, eles seriam pessoas comuns, que vivem quase sem ser notadas.

Nas mensagens Espíritas, aprendemos que, desde a ressurreição de Jesus, não se passou um século sem que um Apóstolo de Jesus estivesse reencarnado na Terra!

Como isso é consolador! Quem seriam eles? Sabemos que Francisco de Assis era João Evangelista, reencarnado (séculos XII e XIII). Allan Kardec (séculos XIV, XV e XIX) era, possivelmente, o apóstolo Pedro ("Sobre esta pedra edificarei a minha Igreja"; "Eis aí o meu Apóstolo" - Evangelho Segundo o Espiritismo). Quem teria sido o apóstolo do século XX? Gandhi, Madre Teresa de Calcutá? Quem é o apóstolo que está ou estará entre nós no século XXI?

Será que um dos quinhentos da Galiléia esteve entre nós, no Movimento Espírita Mineiro?

domingo, 22 de janeiro de 2012

O TRABALHO VOLUNTÁRIO

"Na esfera carnal, o maior interesse da alma é a realização de algo útil para o bem de todos, com vistas ao infinito e à Eternidade".
André Luiz

"Não olvides que a caridade é o coração no teu gesto".
Emmanuel

Os estudos Espíritas nos esclarecem que "não viemos ao mundo físico para descanso injustificável, mas para lutar pela nossa melhoria", a despeito de quaisquer impedimentos. Com base nos fundamentos da Doutrina codificada por Allan Kardec, percebemos que é imperativo "entender as obrigações nobres e praticá-las, compreendendo, por fim, a felicidade dos que sabem ser úteis com segurança de fé em Deus e em si mesmos".

Por isso, quando nos tornamos Espíritas, ansiamos pela participação em alguma tarefa, seja na assistência aos sofredores, seja no passe ou na visita fraterna. E como são variadas as oportunidades de trabalho no Movimento Espírita!

Nas visitas fraternas, por exemplo, logo percebemos que fomos com a intenção de doar, mas acabamos recebendo muito mais. Talvez porque, como nos esclarece o espírito Emmanuel, "habitualmente doamos aos companheiros necessitados algo do que nos sobra, deles recebendo muito do que nos falta".

A Campanha do Quilo, por sua vez, eu considero uma verdadeira higiene mental, tanto que, após a tarefa, retornamos leves para o Centro Espírita, mesmo que a sacola esteja vazia. Isto porque é um ato de solidariedade e um exercício de humildade.

No que se refere à solidariedade, aliás, sabemos que vale mais uma frase nossa "vazada em solidariedade e entendimento, para o companheiro que jaz sob o gesto de desânimo, que todos os tesouros amoedados da terra".

Não somente as tarefas Espíritas são gratificantes. Também através do trabalho voluntário, de interesse social e comunitário, é possível ajudar a quem precisa, contribuindo para um mundo mais justo e solidário.

Tudo isso, amigos, antes de dizer que a ASPARMIG - Associação de Apoio aos Parkinsonianos e aos Familiares precisa de apoio, conforme nos disse a Janette Melo Franco, que coordena o grupo. Ela precisa de um espaço para as reuniões e de trabalhadores voluntários.

Quem tiver alguma ideia, envie para o blog da Associação: asparmig.blogspot.com, ou fale conosco, que eu coloco em contato com a Janette.

"Acima de todos os dons, permanece o tesouro do tempo".
Emmanuel

sábado, 21 de janeiro de 2012

TESTEMUNHOS

"Antes de todas estas coisas, porém, lançarão suas mãos sobre vós e vos perseguirão, entregando-vos às sinagogas e às prisões, conduzindo-vos até reis e governantes, por causa do meu nome. Isso vos sucederá para testemunho". Lc 21:12 a 13

"Por isso mesmo, aqueles que sofrem de acordo com a vontade de Deus devem confiar sua vida ao seu fiel Criador e praticar o bem." 1 Pedro 4:19

Amélia Rodrigues nos afirma, através da mediunidade de Divaldo Franco, que "cristão sem testemunho é solo árido dominado pela seca e pela morte. O testemunho de qualquer natureza, mesmo aqueles interiores, silenciosos, são a condecoração de quem ama Jesus e resolveu por servi-lo".

Assim, os discípulos de Jesus, após o retorno do Mestre à Espiritualidade, cumpriram o seu ministério com grandeza moral, dando testemunhos que permaneceriam como símbolos de fidelidade e lições permanentes de amor.

Filipe, um dos seus primeiros discípulos, "deixou-se influenciar pelas vozes dos céus, e saiu a divulgar a esperança e a alegria de viver, o amor e o perdão". Foi crucificado em Hierápolis, na Frígia, onde "o seu verbo sedutor iluminou vidas incontáveis". André, o irmão de Pedro, nunca desanimou e prosseguiu no ministério. Foi crucificado na cidade de Sebastópolis, onde viviam etíopes. João, o evangelista, "foi o único que não foi assassinado, havendo morrido idoso".

Segundo Amélia Rodrigues, "ainda hoje, de alguma forma, a fidelidade a Jesus é vista como comportamento patológico, alienação, covardia moral. Os seus servidores não encontram espaço no mundo em que triunfam os equivocados e recebem láureas os criminosos...".

Jesus, porém, prossegue convocando os seus trabalhadores para que permaneçam na Sua seara, onde "os poucos fiéis devem viver em vigília de amor e de perdão, de misericórdia e de compaixão, experienciando a caridade".

O propósito deste artigo, caros leitores, é incentivar cada um aos testemunhos redentores. Se hoje não somos pregados no madeiro, as nossas provas, por vezes, fazem-se tão árduas, que nos sentimos perseguidos por adversários impiedosos. Mas Jesus, na citação de Lucas, afirma que isso nos aconteceria como oportunidade para o testemunho.